5 coisas que você não sabia sobre a série Grand Theft Auto
Com o lançamento de GTA V tão próximo, nada melhor do que preparar a expectativa com algumas curiosidades sobre o game.
(Fonte da imagem: Divulgação/Rockstar)
O ano ainda nem acabou, mas boa parte dos jogadores já está pensando em um único game para 2013: Grand Theft Auto V. Também pudera, já que a Rockstar está há tempos trazendo novidades do título em doses homeopáticas para deixar os fãs da popular série ainda mais ansiosos.
E enquanto o game não chega, aproveitamos que a franquia está comemorando 15 anos de existência para relembrar alguns fatos marcantes das diferentes sequências que chegaram aos nossos consoles nesse período — afinal, com tanta polêmica a cada lançamento, história é o que não falta. Então, prepare-se para conhecer algumas curiosidades sobre um dos jogos mais queridos e lucrativos da indústria. Será que você é fã o suficiente para saber tudo isso?
1. Um começo diferente
Embora a gente tenha se acostumado a falar de GTA e sua fórmula, a ideia inicial não era tão parecida com aquilo que conhecemos. Para começo de conversa, o primeiro conceito utilizava outro nome, Race ‘n’ Chase, e tinha um foco bem diferente do contexto usado atualmente.
Cena do primeiro game (Fonte da imagem: Reprodução/GTA Wikia)
Em vez de apresentar um personagem à margem da sociedade que se envolve com ações criminosas, teríamos um policial que lutaria contra o crime perseguindo bandidos. O problema é que essa proposta é um tanto quanto genérica e pouco criativa, o que faz com que a mudança de ponto de vista tenha contribuído muito para que o projeto se transformasse no monstro que Grand Theft Auto se tornou. Ao colocar o protagonista como um criminoso — ou uma “vítima do sistema” —, a trama pôde explorar outras possibilidades e trazer uma profundidade muito maior à história.
Por outro lado, ainda que o jogo tenha sido praticamente reinventado, algumas premissas imaginadas lá no começo do desenvolvimento continuaram a existir na versão final do game. Exemplo disso é a liberdade de movimentação pela cidade, além da possibilidade de roubar carros e atropelar pedestres.
2. Influências do 11 de setembro
Se a série Grand Theft Auto tem a sua legião de fãs hoje em dia, é porque, em 2001, a Rockstar a reinventou com GTA III. O título alterou toda a mecânica utilizada em seus antecessores, deixando a ação muito mais dinâmica e a ambientação realista. No entanto, foi exatamente por conta dessa característica que algumas coisas tiveram de ser mudadas às pressas após os ataques terroristas de 11 de setembro.
Com seu lançamento previsto para o mês de outubro, a produtora teve de correr contra o relógio para fazer algumas alterações em respeito às vítimas do atentado, principalmente pelo fato de Liberty City ser uma versão estilizada da própria Nova York. E como a série sempre foi marcada pela violência, alguns elementos poderiam ser considerados de mau gosto diante do ocorrido.
Capa original, à esquerda, e a versão que chegou às lojas dos EUA. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Exemplo disso é a remoção de uma missão inteira. Segundo a própria Rockstar, havia várias referências ao terrorismo e a ações de violência urbana em determinado ponto da trama que tiveram de ser retiradas por conta de seu teor mais pesado. Já imaginou a reação de alguém que perdeu um parente ou amigo ao se deparar com uma cena em que você precisa atacar inocentes em um prédio?
Além disso, outros pequenos detalhes também ficaram de fora para distanciar Liberty City de Nova York, como a cor das viaturas policiais. No entanto, o estúdio afirmou que somente 1% do conteúdo do game foi alterado e que a grande maioria daquilo que foi desenvolvido antes dos atentados chegou aos consoles.
Talvez a única grande alteração tenha sido em relação à capa. A arte original foi considerada muito crua — com muitas armas e criminosos estampados — e poderia chocar as pessoas diante da proximidade com a tragédia. Por isso, a Rockstar alterou o visual e criou um padrão que passou a ser seguido nos demais títulos da série. Porém, a versão europeia de GTA III chegou às lojas com a capa inicial.
3. Niko Bellic da vida real
Um dos protagonistas mais queridos pelos fãs de GTA é, sem dúvidas, Niko Bellic. Estrela do quarto game da série, ele é a representação do quão falho é o famoso sonho americano e o quanto uma ilusão pode acabar com a vida de alguém. E o que pode deixar muita gente animada é que o personagem realmente existe.
(Fonte da imagem: Reprodução/Funny Junk)
O visual de Belic foi totalmente inspirado no ator russo Vladimir Mashkov, famoso por sua participação no filme “Atrás das linhas inimigas”. Como pode ser visto na imagem acima, a semelhança entre os dois é incrível, incluindo a própria roupa e a cara de poucos amigos. Além disso, Mashkov ainda foi convidado para emprestar sua voz à dublagem, mas a parceria não deu certo e o papel ficou com Michael Hollick.
Já com CJ, de San Andreas, a escolha foi ao acaso. O rapper Young Maylay foi selecionado após um dos produtores da Rockstar ouvir a voz do músico durante uma ligação telefônica com um DJ para definir quais as canções que fariam parte da trilha sonora do game. O curioso é que, até então, ele nunca tinha trabalhado como dublador e, mesmo com sua inexperiência, conseguiu conquistar os fãs.
E ainda falando em protagonistas, a série já teve mais de 40 personagens principais em toda a sua história. A quantidade não bate com o total de jogos lançados pelo simples motivo de os primeiros games permitirem que o jogador selecionasse com quem iria jogar — algo que foi retirado a partir de GTA III em prol de uma história mais centrada e profunda.
4. A dificuldade em duas rodas
Uma das principais novidades de Vice City e San Andreas foi exatamente a adição de motos e bicicletas como veículos controláveis. Isso porque, até GTA III, os jogadores só podiam usar carros, caminhões e outras máquinas de quatro rodas. E não se trata de nenhuma lei de trânsito em Liberty City que impedia os ciclistas de saírem de casa, mas um simples problema na programação.
A clássica bicicleta de CJ era impossível em GTA III (Fonte da imagem: Divulgação/Rockstar)
Segundo a Rockstar, não houve tempo hábil para que os desenvolvedores inserissem esse tipo de recurso, o que fez com que o game se limitasse apenas à direção de automóveis clássicos — o que ajudou a dar o ar de novidades a suas sequências.
Ainda falando no terceiro título da franquia, um fato curioso é que seu motor gráfico — que também foi reaproveitado nos jogos que vieram em seguida — no Xbox era o chamado RenderWare, criado pela Criterion Games, estúdio responsável pela série Burnout e pelo recente Need for Speed: Most Wanted.
Já GTA IV inovou com o RAGE. Não, não se trata do motor gráfico do jogo homônimo da id Software, mas do Rockstar Advanced Game Engine.
5. Politicamente incorreto
Você já parou para contar quantos palavrões são ditos em todo o jogo? Trata-se de uma tarefa ingrata, mas algum desocupado decidiu ver o quão boca-suja os personagens são. Apenas em GTA: San Andreas, a palavra “Fuck” é repetida nada menos do que 365 vezes. Esse número equivale somente aos diálogos principais e não conta as letras de música e as vezes em que os pedestres xingam CJ aleatoriamente.
E as polêmicas envolvendo não param por aí. Em GTA III, por exemplo, algumas funcionalidades tiveram de ser cortadas para que o título se adequasse àquilo que o órgão de classificação indicativa australiano exigia. Uma dos conteúdos removidos no país foi a possibilidade de matar prostitutas após contratar seus serviços, pois isso foi considerado violência sexual grave.
Não é à toa que sempre há muito estardalhaço quando uma nova edição chega aos consoles. Enquanto os fãs comemoram de um lado, o exército da moral e dos bons costumes ataca do outro, incluindo de maneiras legais — o que torna compreensível a coleção de processos que a Rockstar possui.
Segundo o site Computer and Video Games, ao todo, a empresa soma mais de US$ 1 bilhão em pedidos de indenização. Um dos casos mais célebres foi do advogado Jack Thompson, inimigo declarado da franquia, que exigiu que a empresa pagasse cerca de US$ 390 milhões como uma espécie de multa pelo lançamento de Grand Theft Auto IV, o qual ele considerou como um “um simulador cooperativo de assassinatos”.
Bonus Round: GTA é logo ali
Olhando apenas para os jogos lançados até aqui, já podemos dizer que o universo de GTA é simplesmente imenso. As cidades gigantescas possuem vida própria e, mesmo assim, conseguimos criar relações entre um jogo e outro — mesmo que sutis. No entanto, você sabia que outros jogos da Rockstar também dividem o mesmo universo, com direito a participações especiais?
Colégio de Bully é citado em GTA (Fonte da imagem: Divulgação/Rockstar)
O município de Carcer City, palco das atrocidades de Manhunt, por exemplo, fica ao lado de Liberty City. A proximidade entre os dois locais é tanta que não é difícil ouvir menções à violenta cidade enquanto você escuta as rádios de GTA.
Outro jogo que acontece no mesmo cenário é o igualmente polêmico Bully. No game, toda a ação acontece na Bullworth Academy, uma escola que é comumente citada durante as propagandas de TV de GTA IV. Além disso, alguns personagens menores, como a estrela teenJill Von Crastenburg, passaram por lá.
Desse modo, não vamos estranhar caso a Rockstar revele que John Marston é, na verdade, um antepassado do herói do próximo jogo. Não acha? Mas dane-se, é GTA V!
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